segunda-feira, 19 de abril de 2010

Que amor é este?

Que amor é este que me consome sem nunca lhe atear fogo? Que vento é este que me leva a ti sem saber onde estás? Não consigo esconder de mim a sensação estranha de borboletas no estômago, que vão esvoaçando como doidas na fresca primavera do ano e tudo se resume a isso: estranheza. Mais ainda quando te queria ver, como te vejo nessa imagem fictícia na memória que mais nada me deu senão a ilusão, a esperança e dias melhores. Fui sempre feito desse amor diferente, maior até que a própria imaginação, e nunca me dei bem - estranho, mas preocupo-me - que chegasse o dia e o momento para acontecer tudo o que se pensa ou quer-se com destemida vontade mas o tempo não corre quando devia fazê-lo, os dias não são o que deviam ser. Que culpa é esta que trago? Que ansiedade? Que vontade? O amor é um sentimento perigoso que não sabe baloiçar à chuva nem ser-se social. O amor é uma ligação e nem todos têm esse direito tão facilmente. O amor sou eu mas falta o resto.

David Marinho

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Rainha que mandou à fava o cavaleiro da armadura oxidada

Por detrás de qualquer rainha existe sempre uma história com o seu lado de fantasia e de vivências que gostaria de esquecer, de amores que nasceram limpos e depressa perderam o sentido, de noites sem sono, de beijos a fazer crer que o amor era possível e de sentimentos que um dia poderão ter sido autênticos.
Por detrás de qualquer rainha há a história de um coração inocente e de uma coroa desconhecida.
Por detrás de qualquer rainha há um sonho que de busca eterna, pelo qual ela é capaz de empenhar até a coroa e de enfrentar os demónios mais obscuros.
Por detrás de qualquer rainha há uma história confessável de amor perdido, atraiçoado, encontrado, sonhado, sentido, ignorado e aprendido.
Dentro de qualquer rainha existe uma alma forte que arrisca tudo desde que possa viver a sua vida e alcançar o destino da sua coroa.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Rainha que mandou à fava o cavaleiro da armadura oxidada

Infelizmente há pessoas que acendem faíscas atrás de faíscas, mas nunca provocam a chama. Porquê? Simplesmente porque gostam do efeito faísca, procuram adrenalina que ela produz, pois fá-las esquecer por um momento a sua realidade interior - vazio, solidão, pânico de amar, medo do abandono, medo de que deixem de ser amadas, desvalorização. Enquanto estiverem sob o efeito da droga que é a adrenalina, estas pessoas ficarão viciadas nas faíscas iniciais das relações, pois é uma droga que tem um efeito potente.
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Uma vez passado o efeito-faísca, vão querer mais. E, regra geral, isso não costuma dar-se outra vez com a mesma pessoa, mas com alguém desconhecido, a quem não estão ligadas por qualquer laço afectivo e com quem possa surgir uma nova faísca. Sem laços afectivos não há compromisso, e sem compromisso não há medo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Só o amor é real

Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro. Todas vêm de gerações diferentes.
Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem connosco novamente. Vêm do outro lado do céu.
Podem parecer diferentes, mas o nosso coração reconhece-as. O nosso coração abrigou-as nos braços em tempos antigos.
Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos.
Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós.
A nossa mente pode interferir. "Eu não te conheço". Mas o coração sabe.
Ela toma a nossa mão pela "primeira" vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser.
Ela olha nos nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos.
Há uma estranha sensação no nosso estômago. A nossa pele arrepia-se. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.
Ela pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora a conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro.
Mas ela não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ela não permite que afastemos o véu.
Choramos e sofremos, mas ela vai-se . A "natureza" tem os seus caprichos.
Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual.
O reconhecimento do espírito pode ser imediato.
Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família.
Ou ainda mais profundos.
Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.
O reconhecimento da alma pode ser subtil e lento. Um despertar da consciência à medida em que o véu se vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente. Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.
Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito.
O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.
O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal.
Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.
Do livro "Só O Amor É Real", de Brian Weiss

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Abrindo as Portas que há em Nós de Eileen Caddy

O que está certo para uma pessoa pode não estar para outra. Razão pela qual é importante que tu procures a tua própria direcção interior e ajas de acordo com ela sem tentar seguir os passos de quem quer que seja. Tu tens liberdade de escolha, pois EU dei a todos os seres humanos o livre arbítrio. Tu não és como uma marioneta que não se pode mexer sem que lhe puxem os fios.

Tu podes procurar e encontrar o que consideras correcto; o que fizeres então depende só de ti. Só encontrarás verdadeira paz de coração e de espírito quando seguires o que consideras ser correcto; por isso, procura e continua a procurar até que tenhas encontrado o teu caminho, depois segue-o. Isso pode significar teres que contar só contigo e fazer algo, que possa parecer estranho aos olhos dos outros, mas não te deixes assustar. Faz tudo o que sabes, interiormente, estar correcto para ti, e daí só o melhor resultará.

O Retorno ao Amor: Reflexões aos princípios do Curso em Milagres

Examinar o passado pode ajudar a clarificar muitos dos nossos problemas, mas curar não ocorre no passado. Ocorre no presente. Existe praticamente a mania hoje em dia de culpar os eventos da nossa infância em relação ao nosso actual desespero. O que ego não quer que nós vejamos é que a dor não vem pela falta de amor que não nos foi dado no passado, mas sim pelo amor que nós não estamos a dar a nós mesmo no presente. A salvação é apenas encontrada no presente. A todos os momentos nós temos a oportunidade de mudar o nosso passado e o nosso futuro ao reprogramar o presente.